Doença semelhante à dengue infecta milhares de baianos‏ - Juci Ribeiro

Doença semelhante à dengue infecta milhares de baianos‏

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Doença semelhante à dengue infecta milhares de baianos
Especialista explica como identificar, prevenir e tratar a Eritema Infeccioso

 Transmitida pelo vírus Parvovírus B19, a Eritema Infeccioso tem sido muito confundida com a dengue devido à semelhança entre os sintomas, no entanto, como a transmissão da misteriosa doença pode ser feita através do ar e de fluidos corporais, o contágio tem crescido assustadoramente, principalmente na região nordeste do país. Na Bahia, cerca de 3.500 pessoas já foram diagnosticadas com a doença, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB).

De acordo com o infectologista do Hapvida Saúde, Dr. Alfredo Passalacqua, a grande diferença entre a dengue a eritema infeccioso é o local onde aparecem as manchas vermelhas. “Por serem semelhantes, a diferenciação não é fácil, mas o aparecimento das manchas vermelhas podem ser um sinal importante para detectar e distinguir cada uma. Enquanto na dengue o início da vermelhidão é no corpo, na EI os sinas avermelhados aparecem primeiro no rosto. Uma das formas de diagnosticar com mais precisão é através dos exames laboratoriais, com sorologia do parvovírus B19”, esclarece o médico. “Sintomas como diarreia, vômito, febre e dores no corpo também são muito comuns nos dois casos, o que tem dificultado o diagnóstico, além de aumentar a prática da automedicação dos pacientes”, completa.

Contágio

O vírus é extremamente resistente ao meio ambiente. A transmissão pode ser através da saliva e objetos manipuláveis, como maçanetas, telefones, canetas, corrimão. O período de maior transmissão é quando aparecem os primeiros sintomas, mas eles podem ser confundidos com outras doenças. Na fase em que as manchas vermelhas aparecem o contágio é menor, mas, como ainda há o risco, o ideal é não ter contato com outras pessoas, principalmente grávidas e crianças, pelo menos até que a vermelhidão desapareça. O período de evolução da doença é em torno de uns 4 ou 5 dias, mas, dependendo do caso, pode demorar um pouco mais.

Durante a gravidez o cuidado deve ser redobrado. Segundo o especialista, o vírus pode causar problemas à gestante e sério risco ao feto. “Quando a paciente está grávida, o problema deve ser resolvido o mais rápido possível, pois o Eritema Infeccioso pode gerar uma crise aplástica transitória, bloqueando a produção de hemácias na medula e causando uma anemia fetal”, alerta Alfredo.

Prevenção e tratamento

Para o Eritema Infecciono ainda não foi desenvolvido nenhum tipo de vacina ou um tratamento específico. Alfredo Passalacqua explica que a melhor forma de prevenção é ficar afastado das pessoas que comecem a apresentar os sintomas. “Por se tratar de um vírus resistente e rapidamente transmissível, a recomendação é que quem começar a apresentar os sintomas fique isolado para evitar a proliferação da doença. O tratamento mais indicado é repouso, hidratação, e medicação, como paracetamol e dipirona, que reduzem os sintomas de febre e dores”, finaliza. 

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