Quem souber morre Ricardo Castro estreia em Salvador - Juci Ribeiro

Quem souber morre Ricardo Castro estreia em Salvador

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Depois dos 15 anos de sucesso do espetáculo R$ 1,99 e 27 de carreira, o ator Ricardo Castro lançou o espetáculo “Quem Souber Morre”. Com o humor afiado e a peculiar crítica social na cidade natal é possível notar um passeio que vai desde a formação da miscigenada capital até os dias atuais.
O novo espetáculo é conduzido a partir da teoria do imprevisto, sob a perspectiva de Salvador, um professor de redação que sugere temas e as formas de se escrever uma redação para o ENEM. Na peça, o artista investiga dentre outros temas, do monstruoso e do sublime em Salvador, do sincretismo religioso ao sincretismo cultural, do jeito de ser do soteropolitano, o bucólico viver no paraíso baiano, a alegria do seu povo e o inferno dos problemas da capital para narrar fatos e ilustrar os possíveis “temas”.
Tendo o saber com veículo, que entre os soteropolitanos costuma se dar desde a sala de aula até a avenida carnavalesca que transformou nossa cidade numa grande festa, Ricardo promete divertir, emocionar e questionar os que aqui nasceram e os que escolheram Salvador como moradia.
A peça é também uma homenagem aos baianos célebres que vão de Gregório de Matos a Carlinhos Brown, passando por João Ubaldo, Antônio Risério, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, João Gilberto, Glauber Rocha, Raul Seixas e muitos outros conterrâneos que fizeram e projetaram a cidade em todo o país e no mundo. Ricardo inclusive afirma que se inspirou no livro de Antonio Risério,  Uma História da Cidade da Bahia, o qual recomenda como leitura obrigatória
Assim como no espetáculo R$ 1,99, esta não seria diferente e como Ricardo mesmo sugere, ela se mostra como uma comédia reflexiva. Entre um texto e uma canção, interpretada pelo mesmo, este faz com que a platéia se questione desde os casos regionais, até quem é responsável por dirigir as nossas vidas.
O texto, direção, atuação, iluminação, sonoplastia, figurinos e ambientação são assinados por Ricardo Castro e é fascinante perceber o seu talento e versatilidade através da forma com que ele passeia entre uma noiva e um repentista nordestino.
Dica importante: caso não queira ser chamado à atenção em público como um aluno em sala de aula, em hipótese alguma pegue o seu aparelho telefônico, pois o “professor” é bastante atendo com a classe, conversas paralelas e/ou gestos “chamativos” também requer atenção!

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