O cantor baiano conversou com Fátima Bernardes sobre a volta aos palcos e cantou o sucesso 'Milla': 'Foi maravilhoso'.
Foto
cantou o sucesso "Milla". Antes de se apresentar ele conversou com Fátima e falou como foi voltar aos palcos depois de dois anos afastado. "Foi maravilhoso. Durante os dois anos no hospital fiquei com muito tempo ocioso, então consegui refletir e entender o poder e o significado da palavra. Passei a estudar muito sobre física quântica e entendi que o ser humano, ainda bebê, já carrega todos os arquétipos do que ele vai ser quando crescer, está no DNA. É por isso que o meu novo CD se chama 'DNA'. Minha voz está pequena ainda, fiquei tanto tempo no hospital sem falar e sem cantar, que ela está fraca. É um músculo e precisa de exercício, que é o que estou fazendo", explicou.
Apesar da atitude positiva de agora, Netinho confessa que viveu momentos de desesperança. "Depois das duas primeiras cirurgias, quando já estava melhorando, comecei a piorar de novo, minha voz foi sumindo, aí parei de andar na praia, de me exercitar e entrei numa depressão profunda. Eu queria morrer", falou.
"Me levaram para o hospital e fiz uma terceira cirurgia no cérebro. Quando me disseram sobre a depressão, eu não aceitei. Nunca fiquei triste, sempre fui uma pessoa alegre e positiva. Só entendi quando uma amiga minha me explicou que eu não era depressivo, que estava com sintomas de depressão, e que o cérebro, como todos as outras partes do corpo, também pode ficar doente. Depois que entendi isso, comecei a aceitar e melhorar", afirmou.
E deu um conselho: "No caso da depressão, só a própria pessoa pode sair dela aceitando ajuda. Tive sorte porque durante a segunda internação fui dado como morto porque não acordava depois da terceira cirurgia. Só acordei três dias depois. Eu pesava 90kg e, nessa época, cheguei a pesar 50kg".
O baiano disse que hoje vê a vida de uma forma completamente diferente. "Em 2002, eu tinha tudo que o dinheiro pode comprar, fama e sucesso, mas não tinha nada. Não tinha tempo para ver a minha família, não vivia. Estava pálido e não tinha cor. Morava na Bahia e não tinha tempo para pegar sol. Aí parei um ano em meio para descansar. Em 2006, quando voltei, fiz essa tatuagem para simbolizar isso: 'Nada como viver'. Depois de tudo o que eu passei, percebi que a fé e a ciência estão caminhando juntas como nunca antes. Tem que ter fé", afirmou ele, que recentemente foi às lágrimas ao se apresentar no palco do Globo de Ouro, do canal Viva.
O cantor está quase recuperado após um longo período afastado dos palcos depois de passar por internação em dois hospitais e ser submetido a tratamentos intensos para recompor sua saúde. A luta de Netinho começou após sofrer um AVC em 2013. Agora, o baiano está na fase final de seu tratamento e voltou ao mundo da música com um novo show, "DNA Netinho".
Em recente publicação no Facebook, cinco meses após deixar o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Netinho comemorou a recuperação. "Dos 28 remédios que eu já tomei por dia, hoje eu só tomo 2 e estes já estão no final. Já tomo aulas de musculação, posso comer qualquer coisa, caminho, nado e me cuido bastante. Faço tudo isso porque sei que logo continuarei cantando e alegrando o mundo com a minha música. Você que orou e ora por mim; que gosta de mim e que me enviou e envia energias positivas, é também responsável por eu estar aqui vivo, muito obrigado", escreveu ele.