Max Gaggino: sucesso no circuito audiovisual brasileiro - Juci Ribeiro

Max Gaggino: sucesso no circuito audiovisual brasileiro

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O filme do diretor ítalo-baiano Max Gaggino, Harám, está agitando o circuito audiovisual brasileiro. O mesmo nem bem retornou com a famosa estatueta Kikito, do Festival de Cinema de Gramado, ganhador na categoria: Prêmio Especial do Júri, e já acabou de ser agraciado por mais dois prêmios, o do XI Panorama Internacional Coisa de Cinema; Prêmio Especial do Júri - Competitiva Baiana, e em Goiânia, foi escolhido pelo júri popular como Melhor Filme, na categoria Curta Mostra Cinema nos Bairros, do 15º Goiânia Mostra Curtas. Além de todos esses prêmios, Max, completa a sua prateleira, ou melhor dizendo na Bahia, o seu altar, com o prêmio do público no 18º Gênova Film Festival, em Gênova, na Itália, cidade natal do diretor. Harám, parece que não deve demorar de receber outras premiações, está na competitiva Latino Americana do Festival de Mar del Plata, na Argentina, foi selecionado para o 8º Curta Taquary, em Taquaritinga do Norte (PE) e também foi selecionado para Monte Mario Film Festival, na Itália, e o 9º Curta Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro.

Sobre o Filme Harám

Gravado em apenas dois dias, "Haram" conta a história de Salwa, uma imigrante muçulmana que fugiu da guerra na Palestina e se refugiou em Salvador com o marido Farid. Recém-chegada e ainda fora do lugar, Salwa conhece sua vizinha Felicia, uma menina de dez anos que mora a poucos metros dela e logo começa um intercâmbio cultural entre as duas. Curiosa e sem malícia, Felícia faz perguntas que todos gostariam de fazer mas não fazem. Para selar essa amizade, a música se torna o elo de ligação entre dois mundos tão diferentes. O arrocha do cantor Pablo e a música árabe compõem a trilha da obra.

“É um filme que fala sobre quanto éramos melhores quando éramos crianças. Nós adultos maliciosos nos escondemos atrás da ingenuidade de Felícia para fazer as perguntas que não temos coragem de fazer. Além disso, o filme procura celebrar diferenças raciais, culturais e religiosas de uma forma alternativa. Nesse caso, mostrando como pessoas de raça, cultura e religião diferentes podem ser unidas, amigas, viver harmoniosamente e aprender um com o outro", afirma o diretor Max Gaggino.

Para interpretar Felícia, a pequena vizinha de Salwa, a atriz Maiane Cassemiro dos Santos foi selecionada dentre testes com alunos de escolas públicas de Salvador. Maiane nunca tinha estudado teatro, mas o talento natural da estudante da Escola Municipal do Vale das Pedrinhas fez com que ela ganhasse o papel de primeira. “Foi maravilhoso também acompanhar a experiência de Maiane através desse filme. Ela e sua mãe viajaram para Gramado, e esta foi a primeira viagem de avião de ambas. Maiane desfilou pelo tapete vermelho e virou celebridade na noite de exibição, além de ter sido contatada pela produção de elenco da Globo Filmes. O filme funcionou também como ferramenta de crescimento dentro da vida de uma menina que decidiu abraçar essa carreira após a experiência”, comenta Gaggino.

Sobre Max Gaggino: Filho de pai italiano e mãe egípcia, o diretor está radicado na Bahia desde 2009. Aqui fundou a Carcamano Filmes, produtora de cinema e vídeo. Haram é uma realização da Carcamano com coprodução da Movioca Content House. Além disso, o diretor tem no currículo o longa de ficção Contracorrente (2014) e o longa documental Menino Joel (2012).

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