Morreu, neste sábado (9), no Hospital Heliópolis, em São Paulo, a atriz Phedra D. Córdoba, grande diva cubana do teatro brasileiro.
Phedra lutava contra um câncer, descoberto em fevereiro deste ano. Ela completaria 78 anos no dia 26 de maio.
A atriz cubana já tinha ficado internada no mesmo hospital, mas havia voltado para o apartamento onde vivia na praça Roosevelt, no mesmo prédio em que funciona a sede de seu grupo teatral, Os Satyros.
Contudo, Phedra passou mal neste sábado (9). Amigos a levaram ao Hospital, onde ela faleceu, horas depois.
Rodolfo García Vázquez, diretor do Satyros, e Maria Casadevall, atriz do grupo, estão no hospital resolvendo os trâmites para o funeral.
Ainda não há informação sobre o velório, que ocorrerá neste domingo. O local mais provável é no Espaço dos Satyros 1, palco onde a diva brilhou tantas vezes.
Os amigos de Phedra estão inconsoláveis.
“Estou destroçado. Ela fez todo o sentido no nosso trabalho. Ela era a praça Roosevelt na verdade. Ela nos abriu portas, é muito difícil, cara, estou acabado. Ela deixou muitas possibilidades para a gente, para todos nós”, disse Ivam Cabral, fundador do grupo Os Satyros ao lado de Rodolfo García Vázquez e amigo íntimo da atriz.
Robson Catalunha, que estreou como diretor dirigindo Phedra no espetáculo Phedra por Phedra, sucesso na praça Roosevelt em 2015, falou com a reportagem aos prantos. “Estou sentado na calçada, não sei o que dizer. Eu cresci muito com ela”. Cléo De Páris, atriz do Satyros e amiga íntima de Phedra, também não conseguiu falar nada, tamanha a emoção.
O cantor e compositor Luiz Pinheiro, que fez a música com o nome da atriz, falou: “Ela teve as homenagens merecidas em vida e nos tornou pessoas melhores. Que Deus a tenha em um lugar tranquilo. Nossa estrela agora brilhará no céu de todos nós. Colibri, jatobá, loba”, disse, citando o refrão da música que compôs para sua amiga.
Grande homenagem
No último dia 25 de março, feriado da Sexta-feira da Paixão, uma grande homenagem foi feita a Phedra D. Córdoba no Teat(r)o Oficina, em um show que reuniu seus grandes amigos no palco do Oficina.
A homenagem, chamada Phedras por Phedra, emocionou a todos. Zé Celso definiu a noite como uma das mais importantes da história do teatro.