AFOXÉ XIRÊ LONI REALIZA 3º CORTEJO PELAS RUAS DO CENTRO HISTÓRICO - Juci Ribeiro

AFOXÉ XIRÊ LONI REALIZA 3º CORTEJO PELAS RUAS DO CENTRO HISTÓRICO

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por Juci Ribeiro

XANGÔ: Um Rei a serviço de todos - A JUSTIÇA QUE NUNCA FALHA.

Xangô, Shango, Sango ou, na Bahia, Badé, é o orixá da justiça, dos raios, do trovão e do fogo. Foi rei na cidade de Oyo, 
Identificado no jogo do MERINDILOGUN pelos ODUS OBARÁ e EJILAXEBORA e representado material e imaterialmente no candomblé através do assentamento sagrado denominado IGBA XANGO. Pierre Verger dá, como resultado de suas pesquisas, que Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e eboras), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino. Xangô, também conhecido como Sangó, é um dos Orixás mais populares no Brasil e preza pela justiça e pelo fogo. Também é charmoso, sensual e gosta muito de prazeres. Por isso, teve três esposas: Iansã, Oxum e Obá. Sentimento de derrota é uma coisa que não existe em sua personalidade. Apesar de ser famoso por sua ação repressiva e autoritária, consegue distinguir entre o bem e o mal. Os Raios e trovões são suas armas, que envia como castigo a quem age de maneira contrária a seus princípios de justiça, mais também trás consigo grandes cargas elétricas e o poder do fogo. Os filhos de Xangô são justos e odeiam a mentira e a falsidade.
Xangô foi o quarto (ou o terceiro) rei lendário de Oyo, na Nigéria, tornado orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os raios, as tempestades e os trovões. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes.
Enquanto Oxóssi é considerado o rei da nação de Keto, Xangô é considerado o rei de todo o povo Yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun. Muitos orixás possuem relação com os Egunguns, mas ele é o único que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Xangô é a roupa da morte, Axó Iku: por este motivo, não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho lhe pertencendo. Ao se manifestar nos candomblés, não deve faltar, em sua vestimenta, uma espécie de saieta de tiras chamada banté, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos eguns.
E nessa onda do vermelho que o Afoxé Xire Loni vai desce as ruas e vielas do Centro Histórico do Pelourinho com sua batida ijexa, homenageando o Orixá da justiça. Nesse terceiro ano, buscamos a orientação como a base do respeito ao próximo, quando há esse movimente entre os seres, qualificamos a nossa própria vida e praticamos a interatividade entre o mundo dos Deuses e a forca da Fe da religião que nos acolhe e nos protege.
O afoxé Xirê Loni traz conceitos em suas nuances cosmopolita aportadas em Salvador desde os primórdios coloniais que vão do recôncavo até as mais longicuas terras inóspitas. O espontâneo visual e a musicalidade forte que vem de dentro da essência de ser um verdadeiro candomblé de rua, O ijexá nos permite viajar melhor na intinerância cultura afro descendente. 
O Ijexá resiste... De dentro do Candomblé é essencialmente um ritmo que se toca para louvar os Orixás. Um ritmo suave, mas de batida forte e cadência marcadas de grande beleza no som e na dança. O Ijexá é tocado exclusivamente com as mãos, os aquidavis são usados nesse toque para saudar a cada Orixá, num Xirê de louvor e sempre acompanhado do agogô para marcar o compasso. O Afoxé Filhos de Gandhy é o mais tenaz dos grupos culturais brasileiros na preservação desse ritmo e tradição das religiões de matrizes africanas, ele se mantém vivo por preservar essa herança de África. Introduzida na música popular brasileira por grandes nomes que utiliza essa música de terreiro como parte de seus trabalhos, presente também em orquestras sinfônicas que mescla o erudito com o som dos atabaques e bandas de fanfarras escolares que inovam todos os anos em seus desfiles cívicos.
Uma nova história a ser contada.
3° Cortejo do Afoxé Xirê Loni pelas Ruas do Centro Antigo de Salvador.
Dia 06/02 - Saída 20 horas da Rua do Paço (sede do Korin Efan).
Troque 01 kg de alimento não perecível pela camiseta e curta a pluralidade do ijexá na veia pulsante. O som produzido nos Templos dos Orixás para as Ruas do Pelourinho.
Venham... Todos estão convidados.

SERVIÇO:
O QUE:  Cortejo do Afoxé Xirê Loni
QUANDO: hoje (06/02), às 20h
ONDE: Sede do Korin Efan (Rua do Paço)
QUANTO: 1 Kg de alimento não perecível
CLASSIFICAÇÃO: livre





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