Uso do mapeamento genético para prevenção do câncer, medicina de precisão, hormonioterapia, imunoterapia, tratamentos com drogas inteligentes, cirurgia da mama e muitos outros temas serão abordados nos Simpósios, promovidos pelo NOB
Salvador vai sediar o 9º Simpósio Internacional de Atualização em Câncer de Mama e o 8º Simpósio Internacional de Atualização em Câncer Gastrointestinal, nos dias 10 e 11 de agosto, no Hotel Deville Prime. Os dois simpósios simultâneos, promovidos pelo NOB (Núcleo de Oncologia da Bahia) / Grupo Oncoclínicas, serão presididos pela oncologista Gildete Lessa e devem reunir cerca de 300 participantes, dentre médicos (oncologistas, hepatologistas, coloproctologistas, cirurgiões, gastroenterologistas, mastologistas e radioterapeutas), estudantes de medicina e enfermeiros para discutir os mais recentes avanços da área. Informações e Inscrições no site www.abmeventos.org.br e telefones (71) 2107-9682 / (71) 2107- 9684.
Na abertura dos Simpósios, no dia 10, às 20 horas, o oncologista e pesquisador Carlos Gil falará sobre o tema “É possível construir modelos alternativos de acesso em oncologia?”. A programação cientifica dos eventos conta com vários conferencistas nacionais e internacionais convidados, como Bernardo Garicochea (SP), Cesar Cabello (SP), Eduardo Millen (RJ), Otto Metzger Filho (EUA) e Jorge Sabagga (SP).
Os dois simpósios contam com o apoio institucional do Instituto Oncoclínicas, Núcleo da Mama, Associação Bahiana de Medicina (ABM), Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Federação Brasileira de Gastroenterologia, Sociedade Brasileira de Cancerologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – Regional Bahia, Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Dados - Em 2018, de acordo com estimativa do INCA, o Brasil deve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer, sendo deste total cerca de 59.700 tumores de mama. O câncer de mama é o tipo de neoplasia maligna mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma. Representa cerca de 28% dos casos novos de brasileiras diagnosticadas com câncer a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, apenas 1% do total de casos da doença.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, nas faixas etárias pré e pós menopausa, o risco de ter câncer de mama aumenta em mulheres com excesso de gordura corporal, especialmente aquelas que apresentam medidas aumentadas da circunferência abdominal.
“Adotar hábitos saudáveis, alimentação equilibrada, praticar atividade física regular e fazer os exames periódicos, como a mamografia, são condutas que podem reduzir o risco de desenvolver um câncer de mama”, esclarece a oncologista Gildete Lessa, presidente do Simpósio. A informação é o caminho para o combate à doença. Apesar ser o tipo de câncer que mais causa mortes entre as mulheres brasileiras, o tumor mamário pode ser descoberto precocemente. Quando isto acontece, as chances de cura ficam em torno de 95%.
Já entre os tumores que se desenvolvem no chamado trato gastrointestinal – que se estende da cavidade oral até o ânus e consiste no esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) e intestino grosso (cólon e reto) – os mais frequentes são o colorretal, o de esôfago, o câncer de pâncreas e o do estômago. Esses são tipos de cânceres silenciosos e considerados entre os mais letais por especialistas, pois provocam metástase, processo em que a doença se espalha pelo organismo através da corrente sanguínea. Muitos sintomas só aparecem quando o tumor já está em estágio avançado, por isso é fundamental que as pessoas façam os exames de rotina, a exemplo da colonoscopia a partir dos 45 anos de idade ou antes nos casos de haver histórico familiar da doença, sintomas gastrointestinais ou indicação médica.
Dor abdominal, alterações do hábito intestinal, dificuldade para engolir, sangue nas fezes, fraqueza, perda de apetite e emagrecimento podem ser sintomas de alguma neoplasia no sistema digestivo. Os hábitos alimentares, o tabaco, o consumo de álcool, a obesidade, a idade (os tumores gastrointestinais, geralmente, acometem pessoas acima dos 50 anos) e o histórico familiar são fatores de risco para a doença.
Manter-se no peso adequado, não fumar, ter uma alimentação rica em frutas, vegetais frescos e fibras, consumir bebidas alcoólicas com moderação, evitar alimentos defumados, conservas e enlatados são algumas das recomendações dos especialistas para a prevenção do câncer gastrointestinal.