Tatuador Felipe Cruz também fala sobre outras funções da tatuagem, como cobrir cicatrizes
Quem quer fazer tatuagem precisa saber que não basta apenas escolher o desenho, precisa também compreender que os traços e cores estejam de acordo com o seu tom de pele. Pelo menos é o que garante o tatuador Felipe Cruz, que há 15 anos atua no mercado de rabiscos.
Segundo o profissional que atende em Nilópolis, na Baixada Fluminense, e Barra, na Zona Oeste do Rio, tattoos coloridas, por exemplo, não são indicadas para pessoas com a pele morena ou negra.
"Quem tem a pele muito morena, eu aconselho traços ou realistas, aí uso tons não tão escuros para fazer o contraste. Quando a pessoa quer colorida, eu uso cores mais abertas, como vermelho, verde ou tons de amarelo e roxo. Em negras, não uso cor, pois fica com a coloração boa no dia, mas depois que a pele cicatriza, como a melanina da pele tem a tendência de escurecer a área que foi lesionada ( no caso, tatuada), automaticamente, os tons vão ficar escuros e sem definição. Então, em peles negras, eu indico pelo com traços ou realismo preto e cinza. Por eu ser negro eu entendo bem essa questão e repito a colorida fica boa apenas no dia", explica o profissional, que diz que a idade média dos seus clientes é de 19 a 50 anos.
Outra questão importante é que tatuagens servem também para cobrir cicatrizes, neste caso a pessoa pode cobrir com um desenho ou pigmentos no tom da pele. Felipe conta que gosta muito de tatuar cicatrizes.
"É muito bom, levanta a autoestima. Já cobri até áreas com vitiligo e o resultado ficou muito bom. Eu gosto muito, principalmente, se for refazer aureola da mama; área que perdeu pigmentação; corrigir cesariana, e outras cicatrizes de ponto", conta o tatuador, que fala que nem sempre é possível cobrir a marca imediatamente:
"Quando a queloide está muito alta, precisa fazer antes um tratamento para diminuir. Mas fora isso, a gente consegue trabalhar perfeitamente".
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