Internação tem como meta devolver a autonomia do paciente - Juci Ribeiro

Internação tem como meta devolver a autonomia do paciente

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por Juci Ribeiro

A internação psiquiátrica tem como objetivo contribuir para que o paciente possa recuperar sua liberdade e autonomia. É com esse propósito que a moderna psiquiatria atua, buscando devolver ao paciente o convívio social e familiar tomado pelo transtorno mental.
“A internação psiquiátrica é um recurso fundamental no tratamento de transtornos mentais graves. Porém, é necessário que ela seja feita de forma criteriosa, em um ambiente que favoreça a recuperação do paciente e minimize os traumas que podem surgir no processo”, alerta o psiquiatra e diretor clínico da Holiste Psiquiatria, Luiz Fernando Pedroso.
O psiquiatra opina que os antigos manicômios tinham um caráter asilar e excludente, que mantinham centenas de doentes mentais segregados em espaços precários. 
“No contexto da medicina moderna, os hospitais psiquiátricos mudaram de forma e de função. Hoje, são clínicas que oferecem menos leitos, com uma proposta terapêutica e reintegradora”, salienta.
O fechamento de leitos psiquiátricos sem uma política organizada para casos que necessitam de internação e em um contexto no qual muitas vezes os pacientes ficam sem acesso ao tratamento, acabou gerando, além da desassistência e do sofrimento dos pacientes, um problema social, com o aumento de pessoas vivendo nas ruas, em função de transtornos relacionados à saúde mental.
“A internação psiquiátrica é um instrumento de contenção de diversos comportamentos de risco, tendo como objetivo principal proteger o paciente e viabilizar a realização do tratamento, para, assim, devolver a sua autonomia”, sublinha Luiz Fernando.

Tratamento individualizado

Um dos aspetos que contribui para a recuperação da funcionalidade é um tratamento multidisciplinar, além de individual, ou seja, baseado nas particularidades e necessidades de cada pessoa.
“Espaços a céu aberto, estrutura adequada para realização de atividades terapêuticas, equipe multidisciplinar com experiência em saúde mental e uma ambiência que favoreça as relações pessoais e institucionais são fundamentais para que o paciente atravesse essa fase sem ter a sensação de aprisionamento”, ressalta Luiz Fernando.

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