Com crescimento da demanda comercial, o mercado plus size traz também o orgulho do próprio corpo.
2018 viu um crescimento de 8% no consumo de peças Plus Size, totalizando R$ 7,2 bilhões. Os dados, fornecidos pela Associação Brasileira de Plus Size (ABPS) revelam que nos últimos três anos, o crescimento foi de 21%. Esses números apontam uma maior demanda do estilo, e junto com ela, uma máxima: é o mercado que deve se adaptar aos clientes, não o contrário.
Em uma época na qual se discute cada vez mais diversidade e empoderamento, essa noção sobre preconceito com o corpo plus size tem sido mais fomentada, sobretudo quando se entra no machismo sofrido por mulheres gordas. Esse é um dos vários recortes que estará em discussão no Bahia Plus Size, evento que promove debates e rodas de conversa sobre o mundo da moda acima do peso.
Para Cynthia Paixão, idealizadora do festival, o empoderamento da mulher gorda é uma pauta urgente a ser discutida: “nós, mulheres, somos objetificadas desde pequenas, nossos corpos são o que definem nosso valor na sociedade. Se você é gorda, é considerada feia. Pode até ser alguém com rosto bonito ou outros eufemismos, mas nosso corpo sempre é visto com pena, como se fosse uma doença”.
Além de discutir, o Bahia Plus também busca visibilizar essa segmento, dar consciência de que não é preciso ter vergonha de celebrar o próprio corpo. É por isso que haverão desfiles e workshops de modelos e artistas Plus Size, para valorizar suas figuras.
“Desde pequenas, as mulheres acima do peso veem as modelos nas passarelas e nas sessões de foto e não se sentem representadas. Hoje em dia, com o aumento da diversidade vemos cada vez mais mulheres gordas se amando nas campanhas e nas redes; isso fortalece, nos lembra que também temos direito”, conta Simone Costa, modelo que terá a oportunidade de mostrar sua força desfilando no Bahia Plus.