Estudiosa e médium Samanta Cavalcanti destrincha a necessidade da conexão de mulheres com o mundo à sua volta.
Relação intensa com a natureza e o universo, períodos de introspecção e reflexão, e segurança de si mesma enquanto ser pensante. Esses são alguns dos elementos que norteiam o Sagrado Feminino, filosofia que intenciona cultivar a inteligência emocional de mulheres e gerar harmonia com todos os âmbitos do ser.
Estudiosa espiritual e médium, Samanta Cavalcanti atua como facilitadora de vivências do Sagrado Feminino, através de um grupo que media em sessões periódicas. “Muitos associam o sagrado feminino a um grande conceito inalcançável, quando, na verdade, somos um grupo de mulheres que nos reunimos para compartilharmos nossas percepções e debatermos sobre nossos ciclos”, explica.
Entre os assuntos discutidos no grupo, está em pauta a representação feminina na sociedade e o que deve mudar. “Como mulheres, precisamos ensinar nossas meninas a serem flexíveis, leves e fortes, e não ingênuas, distraídas ou caladas. Devemos dá-las o direito e a responsabilidade de serem o que quiserem, e não impor expectativas ou moldes sociais”, sugere Samanta, que também é formada em psicologia.
“Um objetivo muito visado pelo Sagrado Feminino é o apreço pela irmandade e harmonia feminina. É um resgate da ancestralidade, uma ressignificação para a maneira como a história nos tratou, cobrando uma postura ou submissa demais, ou impositiva demais. Temos direito a um equilíbrio, um espaço de fortalecimento pessoal”, prossegue a estudiosa.
Para ilustrar o pensamento, Samanta aborda a própria experiência com a filosofia. “Sempre tive sentimentos contrastantes, parte de mim ansiava viver grandes aventuras, conquistas extraordinárias no trabalho, enquanto outra parte almejava uma vida padronizada. Me sentia culpada e até irregular, mas percebi a beleza de ter uma alma dual, ser uma mulher cheia de camadas, que vive todas elas com a intensidade e o carinho que merecem”, relata.
Ao mesmo tempo em que a filosofia empodera as mulheres, a líder ressalta que não nega o ser masculino. “O Sagrado preza pela equidade, sendo o equilíbrio entre o feminino e o masculino que está dentro de cada um. Não prega a raiva pelo masculino, e sim a busca e união entre o feminino curado e o masculino curado. Eles se desencontram no medo e se encontram no amor”, finaliza a profissional.