Avaliar ‘HTTPS’, ‘CNPJ’ e a opinião de compradores no Reclame Aqui, Procon e Twitter são estratégias da consultora de marketing digital, Priscyla Caldas.
Mesmo diante da flexibilização gradual do comércio em Salvador, as lojas virtuais ainda são as ‘queridinhas’ entre os consumidores, somando garantias como comodidade, estoque variado de produtos e preços mais baixos. Morador do bairro da Ribeira, Talison Melo, 22, revela que comprou um ‘headset gamer’ após olhar preços acessíveis na internet. “A maior vantagem de comprar pela internet em site seguro, é ter a comodidade de receber seu produto na porta de casa, mesmo com a parte incômoda das demoras”, relata.
Enquanto os estabelecimentos presenciais perdem a confiança dos consumidores por causa da possibilidade de contágio pela COVID-19, o comércio virtual registrou alta de 135 mil novas lojas no domínio da internet em aproximadamente dois meses de pandemia, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm). Antes da pandemia, a média mensal era de 10 mil lojas virtuais.
Apesar do ‘boom’ das vendas no digital, consumidores registraram experiências negativas com plataformas de comércio online. Segundo o PROCON/SP, o número de queixas relacionados a compras pela internet já supera em 55% as reclamações registradas no ano de 2019. Desconfiada das mercadorias virem com defeitos ou diferentes da exibição, a moradora do bairro de Plataforma, Priscila Borges, 20, explica que desistiu de fazer compras online por não saber se a loja era 100% segura. “Não tenho costume de comprar em lojas online e tenho medo de ser enganada”, explica.
Para reconhecer se uma loja virtual é segura ao realizar compras, a consultora de marketing digital, Priscyla Caldas, sugere analisar os dados da empresa, como ‘razão social’, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), endereço e telefone na internet. Em se tratando do CNPJ, a profissional lembra que pode ser avaliado a procedência e existência das empresas no Portal REDE SIM, através do protocolo de ‘Emissão de Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral’.
“A primeira coisa que sugiro é saber se alguém próximo já comprou dessa loja, para ter uma confirmação física da entrega, qualidade e descrição, obtendo referências. Grupos de Facebook, Twitter e até mesmo nos perfis do Instagram dessas empresas podem abrigar informações importantes pelos comentários de outros compradores. Se não tiver nenhuma indicação mesmo, analise os dados empresariais para evitar sites fraudulentos à primeira vista, obtendo a segurança de que o marketplace em questão existe com o CNPJ”, explica.
Segundo a especialista, outro método para comprovar a segurança é analisar se o endereço é HTTP ou HTTPS. Priscyla relata que o ‘S’ deriva de ‘segurança’, elemento crucial para análise de lojas virtuais e que garante a salvaguarda dos dados pessoais cadastrados no website.
Mesmo após evitar situações de fraude, o consumidor também está exposto ao atraso na entrega, itens com defeito e publicidade enganosa, segundo principais reclamações mensuradas pelo PROCON em estados brasileiros. Priscyla recomenda que compradores que ainda não sairão de casa, mesmo com o comércio flexibilizado, prestem atenção no registro de queixas do “Reclame Aqui” para conhecer pontos fortes e fracos da loja virtual.
“Em relação aos problemas subsequentes, podem ser utilizados dois dos mais conhecidos ‘olheiros do consumidor’, que são o Procon e o Reclame Aqui. Neles a grande maioria dos registros de fraudes e problemas com empresas estão registrados, tendo a possibilidade de avaliar o ranking dos estabelecimentos, se respondem e resolvem as críticas dos clientes, entre outros”, conclui.