Objetivo é conhecer e viabilizar a atuação de acadêmicos de Medicina na rede do município
A ampliação do acesso à saúde no interior do estado da Bahia passa pela oferta de profissionais preparados para atuar nas diferentes realidades dos municípios e disponíveis para atuar em regiões mais distantes dos grandes centros. Formar médicos e médicas que possam atuar em cidades de diferentes tamanhos e características é um dos objetivos da AGES. Buscando essa atuação ampla, a diretora da Faculdade de Medicina de Jacobina, Elaine Rodrigues Ferreira Lima, realizou uma visita técnica ao município de Capim Grosso, onde foi recebida pelo prefeito José Sivaldo Rios De Carvalho, para realizar visitas às UBSs e a UPA da cidade, onde estudantes da AGES devem atuar.
Além da diretora, a equipe da AGES contou com os coordenadores do curso, Alexandre Fonseca e Rodrigo Andrade Leal, e com as acadêmicas e moradoras da cidade, Joana Tereza Santos Maciel de Jesus e Rosanna Raianne Santos Moreira Pinheiro, alunas da primeira turma do curso de medicina que iniciarão o internato no próximo semestre.
Com as parcerias que a AGES vem realizando, elas e outros acadêmicos terão a possibilidade de atuarem não só em Jacobina, mas em cidades de pequeno, médio e grande porte da região.
“A intenção da instituição é proporcionar aos alunos um internato com experiências que possam ir além daquelas encontradas em capitais e grandes centros urbanos. O diferencial de uma formação no interior está justamente em colocar o aluno de Medicina em contato direto com as necessidades interioranas, potencializando, inclusive, possibilidades profissionais promissoras fora de cidades como Salvador, que já contam com um corpo maior de profissionais da área. Tudo isso sem abrir mão de experiências de alta complexidade, que serão garantidas em outros serviços de saúde”, comenta Elaine.
Para Raianne Santos, estudar na AGES é a possibilidade da realização de um sonho para muitos, inclusive para ela, e a principal vantagem da instituição no interior é que o aluno já irá se familiarizar com as demandas que vai encontrar na sua prática. “Já temos a possibilidade de conhecer a realidade da população, as principais doenças, como a rede funciona, os serviços que temos à mão e, a partir daí, conseguir oferecer o melhor, dentro do que temos. Costumamos brincar que no interior do Brasil é ‘medicina de guerra’ e estamos aprendendo dentro dessa realidade, o que será o diferencial. Ainda mais vendo a carência de profissionais no interior”, observa a futura médica.
Natural de Capim Grosso, Raianne pretende seguir em seu município depois de formada. “Atuar aqui é um grande presente pra mim. Conhecer mais a fundo as necessidades em saúde, poder ajudar e cuidar do meu povo é a minha expectativa enquanto profissional. E poder fazer isso ainda como estudante é extremamente gratificante. Capim Grosso é uma cidade muito boa de se morar e tem uma área de atuação grande para o médico, temos PSF muito bem estruturados, uma UPA que atende toda a microrregião, o Centro de Parto Natural, Melhor em Casa. Percebemos um trabalho da gestão para melhorar a ampliar a rede hospitalar, além de ter uma localização privilegiada e uma grande perspectiva de crescimento. Então, só vou sair para me especializar e voltar!”, conta.
Joana Tereza Santos Maciel de Jesus considera que cursar medicina no interior a insere e prepara para a realidade a qual ela pretende trabalhar. “Em relação a visita ao serviço de saúde de Capim Grosso, observamos que o município está apto a recepcionar os internos na atenção básica e no CAPS. Estas unidades apresentam infraestrutura adequada (consultórios, sala de reuniões e farmácia), equipe preparada e demanda”, observa.
Ela completa que as parcerias com municípios regionais se mostram muito importantes para promover a demanda e fortalecer o processo de aprendizagem. Em contrapartida, a instituição promove uma devolutiva à comunidade com serviço humanizado e estrutura.
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