Arquiteto indica quais caminhos para oferecer um ambiente aconchegante e receptivo aos pets.
Os pets são a escolha dos brasileiros quando o assunto é companhia. O reflexo dessa preferência se dá no número de animais domésticos que vem aumentando a cada ano. De acordo com a pesquisa Radar Pet 2021, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), houve um aumento de 30% na quantidade de pets em lares brasileiros, somente neste ano.
Um outro levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), revelou que no país existem mais de 140 milhões de animais de companhia, dos quais, mais de 55 milhões são representados por cães, 40 milhões de aves ornamentais, como as calopsitas e passeriformes canoros, e quase 25 milhões de gatos.
Acompanhado desse crescimento de animais nos lares brasileiros, está a preocupação, por parte dos pais de pets, em oferecer um ambiente que seja mais confortável e receptivo aos novos integrantes da família.
Para o arquiteto especialista em arquitetura acessível, Márcio Barreto, existem algumas possibilidades para tornar uma residência pet friendly e afirma que o primeiro passo é pensar que o animal precisa de espaço para brincar, correr e se movimentar dentro da casa.
“É primordial pensar num ambiente com espaço livre para isso, mas sem parecer que está faltando móvel e a casa ou apartamento estar por terminar. Nesta situação, integrar os ambientes é uma ótima possibilidade para quem mora em residências pequenas, assim o pet não se sentirá enclausurado e consequentemente triste”, orienta.
O arquiteto pontua que a arquitetura acessível pode ser uma grande aliada neste processo de transformação para deixar o ambiente mais aconchegante e receptivo ao animal. "Para isso, é importante optar por montar o espaço com os móveis essenciais para o bom funcionamento dos ambientes, eliminando os excessos e investindo em boas escolhas”, aconselha.
Para isso, Barreto explica como o ambiente pode ser mais bem aproveitado. “Na sala, por exemplo, tenha um sofá confortável, móvel para dar apoio à TV e mesa de jantar, eliminando mesa de centro, apoios laterais e tapetes. Tudo isso permite deixar o espaço mais livre para o seu pet se locomover e brincar”, acrescenta.
O especialista destaca que uma das preocupações mais recorrentes dos clientes é sobre o conforto dos pets e fala que todos, que possuem o animal em casa, ressaltam a necessidade de espaços em relação aos bichinhos. “Alguns pedem área própria para o banho, enquanto outros desejam um cantinho na varanda para as necessidades deles. Por sinal, neste caso, os animais são fator decisivo para escolhermos o tipo de acabamento que iremos usar no piso e rodapé dos ambientes”, frisa.
Outro ponto apresentado por Márcio Barreto, são as reclamações dos tutores de gatos em relação a alguns estragos causados pelo animal. Neste caso, o especialista destaca que é o extinto dos felinos arranhar, bater e derrubar objetos, e que o ideal é contar com elementos na casa para que eles brinquem com essas atividades, com a finalidade de gastarem suas energias.
“Arranhadores, varinhas e bolinhas são os brinquedos ideais. Além disso, é importante lembrar que os gatos gostam de escalar e pular de um móvel para o outro. Para isso, que tal criar prateleiras que possam apoiar livros e elementos mais pesados, e colocá-las em posições e alturas que também permitam os felinos brincarem?”, pondera.
Como forma de orientar quem deseja ter uma residência pet friendly, o arquiteto fala que alinhar móveis com diversão para o animal é uma possibilidade e que, com muita criatividade, é possível criar vários usos para o mesmo móvel. “Vale salientar que já existem no mercado tecidos resistentes aos arranhões dos pets, então ao pensar em trocar o sofá ou cadeira por conta do estofado danificado, uma possibilidade é reformá-los usando os tecidos mais resistentes e apropriados para a sua necessidade”, finaliza Márcio Barreto.