Roque Boa Morte, Laís Machado e Auá Mendes são destaques no line-up da primeira edição da AFRO-ART - Feira de Arte Negra e Indígena - Juci Ribeiro

Roque Boa Morte, Laís Machado e Auá Mendes são destaques no line-up da primeira edição da AFRO-ART - Feira de Arte Negra e Indígena

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 Por Juci Ribeiro

Com realização da AfrontArt - Quilombo Digital de Arte, feira aberta ao público reúne artistas de todo o Brasil entre os dias 13 e 26 de janeiro na Cardume Artes Visuais, Pelourinho, Salvador.


Fortalecendo as artes negras e indígenas brasileiras, que muitas vezes sofrem com um racismo institucional das grandes galerias, a primeira edição da AFRO-ART -Feira  de Arte Negra e Indígena, tem em seu line-up artistas emergentes de todo o Brasil, assim como nomes com reconhecimento nacional, com destaque em exposições e premiações, como Roque Boa MorteLaís Machado Auá Mendes.


Convidados para a feira, os artistas têm chamado as atenções com suas obras, fortemente ligadas à ancestralidade negra e indígena. Atualmente residindo em Nova York, EUA, Roque Boa Morte mantém viva sua conexão com a Bahia e a cultura negra, com fotografias de destaque em trabalhos como “Caminhos do mar – o Bembé do Mercado como representação da diáspora africana e a formação de identidades afro-atlânticas”, que rendeu uma indicação ao Prêmio Nacional de Fotografia - Pierre Verger, ou a exposição individual “Figas, Mãos Ancestrais”. Já Laís Machado traz a AFRO-ART obras fotográficas que exploram os limites do corpo atlântico, investigando o transe e o fluxo como meio de produção de presenças, com um olhar decolonial, que valoriza a cultura e identidade negra.


Outro nome presente no evento é Auá Mendes, artista indígena do Amazonas que tem cada vez mais seu nome associado à arte contemporânea nacional. Por meio do grafite e do pixo Manauara, trabalhos como a série “Sesá Ixé: Olhar Eu”, exposta em São Paulo, trazem à tona a representatividade e a força da ancestralidade dos povos indígenas. Ao longo da carreira, a artista já participou de festivais em todo o Brasil, bem como na exposição internacional coletiva Fúria Tropical, realizada pelo Instituto Oyoun de Berlin, na Alemanha. 


Realizado pela AfrontArt - Quilombo Digital de Arte, a feira tem curadoria de Luana Kayodê, CEO da empresa, e Raína Biriba, co-fundadora e diretora executiva, que destacam a participação dos artistas. “Termos entre os destaques do line-up artistas como Roque Boa Morte, Laís Machado e Auá Mendes, que já participaram de grandes exposições e tem seus trabalhos com reconhecimento nacional, é muito importante. São nomes que acrescentam ao evento tanto por suas obras, quanto pela experiência compartilhada com outros artistas e público. Então, essa é uma grande oportunidade de conhecer um outro olhar sobre as artes, partindo de uma perspectiva mais democrática e decolonial”, explica Luana Kayodê,  CEO da AfrontArt e curadora do evento.


Ao todo, a AFRO-ART tem cerca de 40 artistas da nova geração em seu line-up, com olhares artísticos que reforçam as identidades e culturas negras e indígenas. Aberto ao público entre os dias 13 e 26 de janeiro, das 10h às 19h, na Cardume Artes Visuais - Rua do Bispo, 35, Pelourinho, o evento se estabelece como um meio de democratizar o acesso à arte, tanto por parte dos artistas que buscam um espaço para exporem seus trabalhos, quanto pelo público que poderá visitar um novo circuito econômico das artes brasileiras, fora dos grandes centros.


O projeto tem patrocínio da Stella Artois e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda, contemplada através do edital Fundo Bora Cultura Preta, em que a AMBEV, em parceria com a PretaHub, inaugura sua política afirmativa voltada ao empreendedorismo cultural e à economia criativa negra. A realização é da AfrontArt - Quilombo Digital de Arte.


Sobre a AfrontArt

A AfrontArt é uma empresa baiana de impacto social e inovação voltada ao fomento às artes visuais preta e brasileira, que desde 2020 vem construindo um espaço de referência para os artistas e profissionais afrodescendentes e originários, no que tange a circulação e venda de obras, criação, curadoria, qualificação profissional e fortalecimento da comunidade. Ela tem como objetivo articular e fomentar a cadeia produtiva das artes visuais negra e indígena brasileiras a partir de ações estratégicas para a gestão da criação, produção e monetização. Realizou projetos em parceria com a Prefeitura de Salvador como o "Festival Salvador Capital Afro”, Metrô de São Paulo com as exposições "Qual o Pente que te Penteia” de Juh Almeida e "Zamba” de Bruno Zambelli, e com o Centro Cultural Banco do Brasil com a exposição “Indomináveis Presenças”.



SERVIÇO

[AFRO-ART - Feira de Arte Afro-Indígena]

Data: 13 a 26 de janeiro de 2025

Horário: aberto ao público das 10h às 19h

Local: Cardume Artes Visuais, Rua do Bispo, 35, Salvador

Programação: exposição e venda de obras de arte e rodas de conversa abertas ao público

Entrada gratuita 



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